Creio que está na hora de todos nós fazermos um sério
reexame de nossos conceitos sobre o que Deus tenta transmitir a nós em Sua Palavra. Quando
tais terminologias como apóstolo, profeta, pastor, ancião, etc., são usadas, qual é
o pensamento de nosso Mestre por trás delas? É óbvio que
estes não podem ser títulos ou rótulos significando posições especiais de
importância na Igreja. Isto estaria em contradição direta com o claro ensino e
exemplo de Jesus. Portanto, precisamos aspirar mais além, até que vejamos na
luz de Deus, uma revelação que esteja em harmonia com todas as Escrituras.
Em vez de serem consideradas como títulos
posicionais, estas palavras como “pastor,” “apóstolo” e “ancião” poderiam ser
entendidas simplesmente como descrições de certas funções de serviço no corpo
de Cristo. Talvez isto seja mais bem ilustrado pelo uso de analogias terrenas
já que não temos quaisquer preconceitos religiosos concernentes a elas. Por
exemplo: Qualquer um pode ir pescar. Mas, quando alguém pesca frequentemente e
se torna um adepto de “pegar peixe,” então você pode dizer que ele é um
“pescador.” Este não é seu título ou algum tipo de posição, mas uma descrição
do que ele faz. Semelhantemente, muitas pessoas podem consertar uma torneira
vazando, mas quando elas fazem regularmente este tipo de trabalho e tornam-se
boas naquilo que fazem, então são consideradas “encanadores.” Assim também na
Igreja. Deus determinou para cada um tarefas especiais. Hoje nós poderíamos
chamá-los “ministérios.” Estas são áreas únicas de serviço através das quais
nós cuidamos do corpo de Cristo. Quando alguém é regularmente usado por Deus na
área de profecia e se torna conhecido pelo seu exercício desse dom, então ele
pode ser chamado de profeta. Quando alguém é especialmente mandado por Deus
para estabelecer e manter Igrejas, então ele é conhecido como um apóstolo, que
significa “enviado.”
Quando estas palavras que hoje são consideradas como
títulos ou posições na Igreja eram vistas como simples descrições de funções de
serviço, todo o conflito com os ensinamentos de Jesus desaparece. Em vez de ser
um meio de elevar certos indivíduos talentosos sobre os demais, elas são, na
realidade, um meio de descrever que tipo de servos estas pessoas são. Esta
idéia é fortemente justificada quando verificamos como estas palavras não são
usadas no novo Testamento. Por exemplo, as Escrituras nunca usam a frase “o
Apóstolo Paulo” designando um título. Ao contrário, nós lemos “Paulo, o apóstolo,”
o servo, alguém que foi enviado por Outro para executar um serviço para a Sua Igreja.
Nunca encontramos “Ancião Pedro,” “Reverendo Tiago” ou “Pastor João” na Biblia.
Algo completamente diferente disto está na mente de Deus.
Não apenas estas diversas descrições ministeriais não
são usadas como títulos no
Novo Testamento, mas Jesus rigorosamente proibiu o uso de
títulos entre os Seus seguidores. Quando Ele disse: “A ninguém sobre a Terra
chameis vosso pai” (Mat 23:9), isto não era simplesmente uma proibição usando
uma mera palavra. Era claramente uma instrução contra a elevação de certos
indivíduos a uma posição de proeminência pelo uso de um título. Ele explica,
dizendo: “Porque vocês são todos irmãos.” Vocês são todos iguais. Vocês são
todos do mesmo nível. Ninguém consegue ser maior, melhor ou mais importante que
o outro. Ele reforça a verdade insistindo “Vós, porém, não sereis chamados mestres
ou senhores (alguns antigos textos gregos dizem líderes em vez de senhores)”
(Mat 23:7-10). Isto indica claramente que todo uso de palavras especiais para
distinguir e elevar um crente sobre o outro é contrário ao claro ensinamento da
Palavra de Deus. Glória a Deus, todos os títulos são reservados para Jesus! Ele
é o “Rei dos Reis” e o “Senhor dos Senhores.”
Por Eduardo Alexandre. Fonte: Livro "Autoridade Espiritual Genuína!".
0 comentários:
Postar um comentário