“TÍTULOS” NO NOVO TESTAMENTO

 



No texto original, a idéia de homens e mulheres reinando e governando sobre os outros na Igreja, é completamente ausente. Porém, em muitos casos, o verdadeiro significado das terminologias foi grandemente alterado ou mesmo completamente perdido para a nossa geração moderna. Talvez o melhor exemplo deste problema seja a palavra “ministro”. Hoje, um “ministro” é alguém que “comanda” a Igreja.
Esta pessoa tem um título oficial, uma posição religiosa, talvez tenha também ornamentos especiais que veste para distinguir-se dos outros e, em geral, é elevado acima dos outros. Geralmente se espera dos membros um maior grau de respeito, semelhante ao que alguém daria a um dignitário político.
Contudo, a revelação da Escritura sobre o que é ser um “ministro” é muito diferente. Há realmente três diferentes palavras gregas que são traduzidas por esta palavra “ministro.” A primeira é DIAKONOS. Significa “servo” ou “atendente.” A segunda palavra, LEITOURGOS, se refere a alguém que serviu o público de uma maneira especial, por sua própria conta. A terceira palavra HUPERTES originalmente significava “remador inferior,” que era uma classe mais baixa de marinheiros. Mais tarde veio a significar qualquer ação subordinada sob a direção de outro. Algumas outras palavras que se relacionam com o pensamento de serviço espiritual são:
DOULOS, um escravo cativo; OIKETES, um servo doméstico; MISTHOIS, um servo
contratado; e PAIS, um servo menino. (Definições do Vine, Dicionário de Palavras do NovoTestamento.)
Nada em qualquer destas palavras sugere o conceito que comumente encontramos na Igreja hoje. Servos não dizem o que fazer àqueles a quem estão servindo. Eles não são aqueles que reinam e governam sobre os outros. Ao contrário, sua função é assistir aos outros, servindo-os de maneira humilde. Nestes termos não descobrimos exaltação do “ego,” elevação aos olhos do mundo e nem posição especial de respeito social. De fato, o oposto é que é verdade. O uso de tal terminologia sugere que tais pessoas se humilharam e se tornaram servos genuínos, seguindo o exemplo de Nosso Senhor Jesus por toda a Sua vida (Filipenses 2:8). Por esta breve investigação, parece que a palavra “ministro” tornou-se tão mal empregada na Igreja hoje que virtualmente passou a significar o oposto do que significava no tempo de Jesus.

Por Eduardo Alexandre

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Um comentário:

  1. Saí da Igreja por não encontrar nela uma coisa bem simples "apoio ministerial". Sim, uma pessoa preocupada comigo e meus sentimentos que me ouvisse. Eu me senti um financiador da obra. A toda vez que busquei o Pastor ouvia questionamentos sobre minha situação no emprego. Eu queria ser questionado sobre minha vida, sobre como me sentia. Hoje creio que Igrejas são lugares onde se fazem obras coordenadas por pessoas que querem administrar recursos. Dava muito bem pro Pastor direcionar suas ambições como PAULO que se preocupava em manter a Palavra viva e não em financiar extensão de serviços governamentais. Nunca li PAULO falando em arrecadação e em suas ambições ministeriais, porque alguém que tem a envergadura dele não fala, age, não exige, pede. Realmente estamos em dias difíceis para crer em instituições, e as Igrejas são um exemplo disso.
    PAZ!

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